LAGOA DE ROÇA: “Na presença é uma coisa, por trás é outra" o desabafo de Francinildo sobre Júnior do Caracol
Ingratidão, traição e manipulação: os desabafos de Francinildo Pimentel sobre Júnior do Caracol
Na recente entrevista (05/04) ao programa Se Liga PB, o prefeito de Alagoa Nova, Francinildo Pimentel, trouxe à tona sentimentos de ingratidão, traição e manipulação em relação ao prefeito de São Sebastião de Lagoa de Roça, Júnior do Caracol. As declarações evidenciam tensões políticas e pessoais que merecem uma análise aprofundada.
Ingratidão e reconhecimento público
Francinildo destacou sua atuação na obtenção de um ônibus escolar para Lagoa de Roça, intermediando junto ao governador por meio do deputado Jeová Sá. Contudo, sentiu-se desconsiderado quando Júnior do Caracol não reconheceu publicamente sua contribuição:
“Quem conseguiu foi eu. […] Ele disse que não foi eu. Mas ele sabe que foi que conseguiu. E na hora lá escondendo da minha pessoa.”
Essa omissão foi interpretada por Francinildo como uma falta de gratidão e reconhecimento por seus esforços em prol do município vizinho.
Relações políticas e sentimento de traição
O prefeito de Alagoa Nova também expressou descontentamento com a postura política de Júnior do Caracol, sugerindo uma quebra de confiança:
“Eu sou aquele que eu tenho, eu gosto de cumprir com minha. […] Quando eu assumi a Prefeitura, eu tive uma emenda lá dele de 150 mil. […] Eu botei 140 e comprei e disse que a parte foi dele.”
Ao mencionar Manoel Ludgério, Francinildo compara situações em que, mesmo com desavenças passadas, manteve compromissos políticos, sugerindo que esperava o mesmo de Júnior do Caracol.
Manipulação e coerência política
Francinildo criticou a falta de transparência e coerência nas ações de Júnior do Caracol, apontando para uma possível manipulação política:
“Na presença é uma coisa, por trás é outra. Eu acho que o político tem que ter postura.”
Essa declaração sugere que há uma discrepância entre o discurso público e as ações nos bastidores, o que comprometeria a confiança e a parceria política entre ambos.
Fantoche do ex-prefeito Severo Luiz
Mais grave ainda, Francinildo manifestou preocupação de que Júnior do Caracol esteja atuando apenas como fantoche do ex-prefeito Severo Luiz:
“Ele continua como vice-prefeito lá. O prefeito ainda é Severo. A realidade é essa. Cada cara sabe o que quer da vida.”
Para Pimentel, essa dependência política compromete a autonomia de Lagoa de Roça, transformando o mandato de Júnior em mera extensão dos interesses de Severo. A suspeita de que decisões e prioridades sejam orientadas por interesses alheios ao voto popular aprofunda o sentimento de traição e revela um jogo de poder que extrapola as fronteiras municipais.
Veja o trecho da entrevista:
Reflexões sobre a política local
As declarações de Francinildo Pimentel lançam luz sobre as complexas dinâmicas políticas nos municípios paraibanos. A cooperação entre gestores é fundamental para o desenvolvimento regional, mas é fragilizada quando sentimentos de ingratidão, traição e manipulação emergem — sobretudo se aliados se tornam meros representantes de lideranças anteriores. Para os cidadãos, fica o desafio de exigir transparência e coerência: somente assim se constrói uma gestão que seja, de fato, para o bem de todos.
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